Num processo anunciado e iniciado em meados de 2015, Agir, Comités e LEG estám a dar os últimos passos para a constituiçom em março da entidade unitária do estudantado nacionalista e independentista galego.
Recentemente explicárom em conferência de imprensa o curto caminho que resta para que a Galiza conte com umha entidade unitária no ámbito da esquerda estudantil.
Agora, cinco estudantes e militantes das Assembleias de Base publicam
um "artigo de opiniom coletivo" em que denunciam um alegado golpe de
mao do que definem como "cúpulas burocráticas" das organizaçons que
fazem parte das Assembleias de Base. Os cinco assinantes nom estám
"enquadrados em nengumha das três entidades" que criticam.
Denunciam umha alegada "farsa" numha unidade que também seria "falsa", convertindo-se numha "fagocitaçom", dizem, do independentismo e o socialismo. Reproduzimos a seguir o comunicado encaminhado para este portal:
Além do retrocesso que supom esta falsa “unidade do movimento estudantil” no ámbito político-ideológico, este acordo unilateral sem contar com as assembleias supom umha falta de respeito, umha flagrante violaçom da democracia e do assemblearismo, umha instrumentalizaçom dumha parte importante do estudantado que participamos das Assembleias de Base e que fomos, polo que se vê, manipulados polas burocracias. O decidido na última AB de Compostela foi exatamente o contrário, pois a maioria do estudantado que a conforma nom está nesta jogada de cúpulas.
Denunciam umha alegada "farsa" numha unidade que também seria "falsa", convertindo-se numha "fagocitaçom", dizem, do independentismo e o socialismo. Reproduzimos a seguir o comunicado encaminhado para este portal:
A farsa da falsa unidade estudantil
A 2 de fevereiro de 2016, Agir,
Comités e LEG anunciárom mediante um manifesto o início dum processo
constituínte que culminará em março com a fundaçom dumha “nova
organizaçom do estudantado nacionalista galego”.
Nom podemos mais que manifestar
perplexidade perante a convocatória unilateral de um congresso de
"unidade" entre estas organizaçons, suplantando a opiniom da maioria do
estudantado que fazendo parte das Assembleias de Base nom estamos
enquadrados em nengumha das tres entidades.
Estamos pois ante um golpe de mao das
cúpulas burocráticas para unificar-se violentando o processo
assemblear. Um facto que evidencia o engano, a instrumentalizaçom e
manipulaçom a que fomos submetid@s nestes meses.
O resultado, contra o que
aparentemente se queira transmitir, é a fagotizaçom de facto das
organizaçons estudantis independentistas e socialistas polos Comités,
mediante a criaçom de umha nova força que se define como “nacional,
popular, feminista, assemblear e combativa”.
Além do retrocesso que supom esta falsa “unidade do movimento estudantil” no ámbito político-ideológico, este acordo unilateral sem contar com as assembleias supom umha falta de respeito, umha flagrante violaçom da democracia e do assemblearismo, umha instrumentalizaçom dumha parte importante do estudantado que participamos das Assembleias de Base e que fomos, polo que se vê, manipulados polas burocracias. O decidido na última AB de Compostela foi exatamente o contrário, pois a maioria do estudantado que a conforma nom está nesta jogada de cúpulas.
Para impor o seu calendário os
portavozes da incoerência e do esteticismo “rebelde” aplicárom umha
purga, excluindo dúzias de estudantes que participamos desde o início
no processo para assim garantir o sucesso dumha unidade previamente
definida que nom se ajusta ao processo que deu lugar a criaçom das
Assembleias de Base.
Os mesmos que iniciam e aperturam o
processo das Asembleas de Base, logo nom assumem democraticamente a
derrota de nom serem maioritários dentro das assembleias.
Precipitada unidade orgánica. As Assembleias de Base
Após o estabelecimento dumha unidade
de açom entre os Comités, LEG e Agir no campo estudantil durante os
últimos dous cursos académicos que tenhem permitido frear o avanço do
espanholismo e reconfigurado o imprescindível quadro nacional de luita
(greves gerais no ensino galego de 24 outubro de 2013, 20 de fevereiro e
2014, 26 de fevereiro e março 2015), iniciárom-se no primeiro trimestre
de 2015 as primeiras conversas para a unidade orgánica do movimento
estudantil galego. Iniciativa que partiu da UPG via Comités.
O processo tinha um calendário muito
acelerado, com escassos margens de informaçom entre a militáncia das
organizaçons (polo menos de Agir e da Liga) e carência de espaços de
trabalho para a sintonizaçom d@s ativistas.
O processo pretendia a toda custa culminar com a constituiçom dumha
nova organizaçom em março de 2016. A tentativa de acumular forças
mediante a posta em andamento das Assembleias de Base constatou a falta
de sintonia entre o estudantado nom aderido às organizaçons que as
promovérom.
Desde o primeiro momento esta
iniciativa foi concebida como umha falsa unidade, um engano que
alimentando falsas esperanças, tam só vai absorver o estudantado
independentista galego, constituíndo umha organizaçom reformista e
nacionalista que renuncia aos princípios do estudantado rebelde,
socialista e independentista com o que nos identificamos.
A inicial ideia de convocar greve
geral em outubro de 2015 para contribuir para avançar e consolidar o
processo nom se tem logrado pola precipitaçom e polas enormes
contradiçons internas. Constatárom-se neste medio ano permanentes
dificuldades para consolidar os princípios e a estrutura organizativa.
Perante estas diferenças antagónicas
no ámbito político, ideológico e de modelo organizativo os pontos
mínimos fôrom impostos de maneira unilateral.
As dinámicas do processo fôrom
idóneas para a fagocitaçom do estudantado socialista, independentista e
feminista polo da esquerda nacionalista. As bases duns princípios
ideológicos deliberadamente confusos, onde se renuncia ao socialismo,
optando por umha difusa caraterizaçom de “organizaçom popular e
democrática”, ou onde se define ambigüamente a luita de libertaçom
nacional, falando da procura da soberania nacional, sem identificar o
consequente objetivo dum Estado próprio, independente e soberano, em
forma de República Galega.
É dificil luitar por umha nova
sociedade quando nom se respeita a democracia participativa. A
militáncia de base é a principal afectada num erróneo processo de
unificaçom que só beneficia os Comités e que liquida o projeto
revolucionário que Agir inícia em 2000.
Nom vamos pois participar nesta farsa
porque viola o processo assemblear e porque renúncia ao legado e
trajetória estudantil revolucionária com que nos identificamos e
consideramos essencial para poder fazer frente ao processo de
mercantilizaçom, privatizaçom e espanholizaçom do ensino na Galiza.
Hoje, ao igual que em 1999 foi
constituida a Federaçom Estudantil Revolucionária (FEER) e no ano
seguinte Agir, é necessário vertebrar um projeto estudantil de caráter
socialista, independentista e feminista.
Nico Felgueiras, Assembleia de Base Compostela, ex-filiado de Agir.
Aarom Munhoz, Assembleia de Base da Lourinha.
Heitor Munhoz, Assembleia de Base Compostela.
Rubém Mendez, Assembleia de Base de Vigo, ex-filiado de Agir.
Joám Gonçalves, Assembleia de Base Lourinha.
Galiza, 10 de fevereiro de 2016
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