Publicado em Domingo, 16 Novembro 2014, 22:55.-
Na manhá de hoje, e sob um amplo 
dispositivo policial, dezenas de pessoas manifestarom-se em Compostela 
para denunciar as políticas linguísticas da administraçom espanhola e 
galega e exigir a absolviçom das 6 pessoas condenadas a um total de onze
 anos de prisom por terem participado nos atos de repulsa à manifestaçom
 espanholista de Galicia Bilingüe na capital galega em 2009. 
Minutos
 depois do meio-dia, a manifestaçom unitária partiu da Alameda 
compostelana, encabeçada por umha faixa com a legenda "Paremos as 
políticas de extermínio da nossa língua". Durante o percurso polo centro
 da cidade, coreárom-se palavras de ordem em defesa da língua e pola 
independência do nosso país, sempre sob umha forte vigiláncia policial.
A mobilizaçom concluiu na praça do Toural, com a intervençom de Xiana
 Rodrigues e Óscar Gómez, do organismo popular antirrepressivo Ceivar, 
quem denunciou a situaçom de retrocesso em que se encontra a nossa 
língua, que pola primeira vez na história é falada como primeira língua 
por menos de 50% da populaçom galega, após anos de perda paulatina de 
falantes. Aliás, pediu a absolviçom das 6 pessoas condenadas por "causar
 distúrbios" contra a manifestaçom espanholista convocada por 'Galicia 
Bilingüe' em 2009, para as quais se pede um total de 11 anos de prisom e
 importantes sançons económicas. Após as intervençons, como fecho, foi 
entoado o Hino Nacional.
Manifesto
Reproduzimos a seguir o manifesto desta convocatória, assinado por 
diversas entidades, no qual se explica que aconteceu naquele fevereiro 
de 2009 e no posterior julgamento às ativistas que sairom à rua defender
 a nossa língua.
"Em 2009, quando regia a administraçom autonómica o bipartido 
PSOE-BNG e se iniciavam certas medidas institucionais de apoio ao 
Galego, a organizaçom extremista Galicia Bilingüe convocou umha 
mobilizaçom apoiada por toda a extrema direita política e mediática para
 paralisar qualquer política ativa de normalizaçom e favorecer o retorno
 do PP à Junta da Galiza.
A mobilizaçom espanholista foi contestada por dezenas de pessoas que 
se concentrárom frente à Alameda de Compostela, sendo identificadas e 
agredidas pola Polícia espanhola, que era alentada por seguidores de 
Galicia Bilingüe. Produzírom-se detençons, cargas, ingressos 
hospitalares e a impossibilidade de os setores sociais favoráveis à 
língua deste país exercerem o seu direito de manifestaçom. Mais umha 
vez, os antidisturbios encargárom-se de impedi-lo a porraços e 
pelotadas.
Aquel conflito rematou nos julgados, processando-se 10 pessoas para 
as que se solicitárom 45 anos de prisom e importantes sançons 
económicas. Finalmente, seis fôrom condenadas a onze anos de cárcere num
 juízo que suscitou a solidariedade de todos os agentes sociais, 
sindicais e políticos do país e as petiçons mediáticas de fortes 
condenas polo Delegado del Gobierno de España Samuel Juárez.
A sentença do juízo que nas redes sociais se chamou #8f45anos é 
paradoxal: quando o IGE anuncia que, por primeira vez na história da 
Galiza, os galegos e galegas que temos a língua do país como primeira 
somos já menos de 50% da populaçom e a transmissom intergeracional 
normalizada é incerta, quando se incumprem as raquíticas iniciativas 
legais favoráveis ao Galego e se legisla ativamente contra a nossa 
língua, quem remata no banco dos acusados, e condenadas, som 
independentistas que denunciam este extermínio planificado.
As associaçons, entidades e organizaçons abaixo assinadas, chamamos a
 sociedade galega a se mobilizar no próximo domingo 16 pola absoluçom 
das seis pessoas condenadas a prisom e para exigir umha viragem radical 
nas políticas lingüísticas planificadas e executadas pola administraçom 
galega e espanhola para conquistar o seu histórico objetivo de 
substituir definitivamente o Galego polo espanhol e a nossa extinçom 
como Povo.
Defender o nosso idioma é também defender as pessoas perseguidas e 
sancionadas por reivindicá-lo. Nunca renunciaremos à nossa língua."
 
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