No dia 5 de outubro de cada ano celebra-se o Dia Mundial dos Docentes, que devemos celebrar para apoiar o labor que os professores desenvolvem nos nossos estabelecimentos de ensino de todos os níveis educativos. Começando pelo dos educadores e educadoras da infância, nos jardins da infância ou escolas infantis, o nível educativo mais importante de todos sem dúvida alguma, em que se sentam as bases do desenvolvimento intelectual, afetivo e psicomotor de todas as crianças. Tomando dados fornecidos pelo BIE de Genebra, já entre os anos 1928-1930, na França frequentavam as “Escolas Maternais” muitas crianças de 2 a 5 anos. O mesmo acontecia na Itália, que se denominava “Corso preparatorio”, nos “Kindergarten” dos EUA e nas “Nursery Schools” do Reino Unido. Porque a preocupação universal pela educação da denominada primeira infância em alguns lugares já vêm de antigo.
A Escola Infantil, chame-se Kindergarten, Escola Maternal, Curso Preparatório, Nursery School,Casa dei Bambini, Chiedo Asilo, Classe infantil, Jardim da Infância, etc., é uma criação dos tempos modernos. Nasceu como casa-asilo ou sala-guardaria para as crianças das classes sociais menos favorecidas e proletárias.
Todos os especialistas no estudo da primeira infância estão convencidos de que as escolas infantis são órgãos insuperáveis para ajudar ao desenvolvimento da criança, para favorecer a sua adaptação ao meio, prevenir e corrigir a tempo estados físicos e espirituais inconvenientes, destruir influências perniciosas ou contrariá-las, extirpar raízes indesejáveis da conduta. Estão convencidos, sobretudo na sequência das investigações de Freud, Adler e Jung, que todo o erro na educação da criança pequena, igual que os cortes feitos na cortiça da árvore jovem, que se convertem na árvore adulta em desgarramentos profundos, transforma-se nas idades sucessivas em deformações físicas, intelectuais e morais, as quais, do subconsciente e em forma de complexos, inibições, impulsões, etc., orientam e influem sobre a conduta durante toda a vida. Para que a árvore medre direita e se ramifique harmoniosamente, deve receber os cuidados dum perito que tenha em conta o lugar do crescimento, a vizinhança, o espaço vital, o alimento segundo as estações, e que se constitua num destacado guardião do seu desenvolvimento, florescimento e frutificação desde a sua aparição na almácega, o seu crescimento no viveiro e o seu desenvolvimento total no jardim: assim a criança que nasce deve ser cuidada e vigiada por peritos a fim de que medre sem desgarramentos, em forma equilibrada e harmoniosa, e madurem oportunamente todas as suas capacidades dentro dos seus limites individuais. O filme que escolhi pode favorecer que possamos refletir sobre a importância e finalidades da escola infantilO número de escolas infantis foi medrando rapidamente nos últimos anos em todos os países de organização adiantada; a ação oficial foi substituindo a privada, convertendo o que em princípio foi um organismo filantrópico, num de carácter marcadamente educativo que engloba o aspeto social preventivo e terapêutico. O seu aumento, e o facto generalizado de que o Estado as tomasse sob a sua direção, são o melhor indício de que respondem a uma necessidade real e de que o fazem com eficiência. Criadas como solução impostergável para uma deficiência social, a experiência e a observação demonstraram que as escolas infantis constituem o organismo educativo por excelência e que, como tal, é insubstituível. Não só são um auxiliar valioso para o desenvolvimento da criança, para melhorar a sua situação socioeconómica, para aumentar o seu grau de felicidade pessoal e ademais contribuem para aperfeiçoar os alicerces sobre os quais tem que desenvolver-se toda a vida o ser humano, projetando a sua influência através de todas as idades.Na Escócia, tal como assinalei noutro depoimento da série, Robert Owen fundava uma escola infantil para as crianças das operárias da fábrica fiadeiro de New Lanark. Em 1769, na França, Oberlin organizava aulas infantis numa pequena localidade dos Vosgos. Em Inglaterra Wilderspin e Pape-Carpentier na França, davam à instituição nascida por um sentimento humanitário, uma organização pedagógica que se foi aperfeiçoando à medida que as ideias do genial criador dos “kindergarten”, se difundiam por meio da forte propaganda dos admiradores de Federico Froebel, da Baronesa de Marenholtz entre outros, que pôs o seu talento e fortuna ao serviço da obra froebeliana. Com a cooperação de esclarecidos estadistas, eminentes pedagogos, psicólogos e sociólogos, a Escola Infantil constitui um organismo que tende a aperfeiçoar-se dia a dia, sendo já uma instituição indispensável em todos os estados modernos. Ovídio Decroly e Hamaïde, na Bélgica; Maria Montessori e as irmãs Agazzi na Itália; Paulina Kergomard e Brès na França; Margarita MacMillan e Jessie Mackensie na Inglaterra, destacam-se no conjunto dos que, seguindo as pegadas de Froebel, contribuíram e contribuem para o seu aperfeiçoamento, e chame-se como se chamar, a Escola Infantil é um lugar em que crianças de 3 a 6 anos brincam, e ao brincarem aprendem cousas correntes que não sempre se ensinam no lar e na escola primária: a depender delas mesmas, a serem generosas, complacentes e bondosas.
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