As contas económicas trimestrais feitas públicas esta quinta-feira voltam
a pôr sobre a mesa a farsa da recuperaçom num sistema capitalista que, a
cada vez, dificulta mais a vida das e dos trabalhadores.
Apesar de que nos dous últimos anos o número de postos de trabalho
equivalentes a tempo completo cresceu na Comunidade Autónoma da Galiza -
ámbito geográfico dos dados, de forma que ficam fora as comarcas da
Seabra, o Berzo, Vale de Íbias e Eu-Návia - a cifra de hoje nem atingiu a que havia em 1998,
fai 18 anos, quando existiam 990.569 empregos - frente aos 980.068
atuais e os 947.763 do mínimo histórico registado em 2014. Ao total, vam
já 239 mil postos de trabalho destruídos na comunidade autónoma desde a
aceleraçom da queda livre iniciada em 2008.
Analisados os dados por setores, observa-se a crescente desvinculaçom do emprego galego a respeito da atividade produtiva: desde
1995 o número e empregos no setor primario passou de 203.402 para os
atuais 71.393. Houvo também um descenso na indústria (de 157.818 para
145.458) e na construçom (de 96.532 para 66.192), enquanto aumentárom os
serviços.
Perspetivas nom som otimistas
Para além do anterior, as perspetivas só indicam que o número de
empregos virá a diminuir nos vindouros anos. Para além de aumentar a
cada vez mais a sua tecnificaçom, o capital encontra-se numha fase da sua crise estrutural em que poderá abalar em breve o centro do capitalismo mundial.
Na Galiza, que cai junto do resto do capitalismo mundial, as
dificuldades crescentes para a retoma do processo de acumulaçom
capitalista ficam patentes na constante regressom dos direitos laborais,
com procura incessante por parte do capital de áreas com força de
trabalho barata que permita manter a taxa de lucro à burguesia dos
estados do centro do sistema mundial.
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