A descoberta de umas origens culturais galegas que estão em boa medida ainda vivas no Nordeste brasileiro pode ser um dos grandes logros que a leitura e a escuta do Cores do Atlântico produza nos leitores e público brasileiro.
Nestes dias em que os olhos do mundo se
voltam para o Brasil, a editora Latus da Universidade Estadual da
Paraíba acaba de editar e colocar nas livrarias o livro-disco Cores do Atlântico,
o trabalho que Ponte…nas ondas! e o selo discográfico galego PAI Música
editou em 2010 para Galiza e Portugal. Este foi apresentado no marco do
Congresso “Pontes de cultura, pontes de futuro” realizado em Vigo e Melgaço em 2010 com motivo dos 15 anos de Ponte…nas ondas!.
As Cores do Atlântico publicadas agora para o público brasileiro contam com produção da Universidade Estadual da Paraíba e a parceria da Liraprocult, a produtora de Socorro Lira, de Ria Lemaire, a autora do texto e de Ponte…nas ondas! que produziu o trabalho original com financiamento da Xunta de Galiza.
As Cores do Atlântico publicadas agora para o público brasileiro contam com produção da Universidade Estadual da Paraíba e a parceria da Liraprocult, a produtora de Socorro Lira, de Ria Lemaire, a autora do texto e de Ponte…nas ondas! que produziu o trabalho original com financiamento da Xunta de Galiza.
Nova capa
A capa da edição brasileira renova-se com um desenho do ilustrador Anderson Augusto, quem sugere o banho nas ondas do Atlântico com uma bela paisagem das montanhas de fundo. O resto do trabalho mantém a distribuição e composição da anterior edição galego-portuguesa.
A capa da edição brasileira renova-se com um desenho do ilustrador Anderson Augusto, quem sugere o banho nas ondas do Atlântico com uma bela paisagem das montanhas de fundo. O resto do trabalho mantém a distribuição e composição da anterior edição galego-portuguesa.
Importância da edição no mercado brasileiro
No âmbito universitário brasileiro ainda não é muito reconhecido a existência de um património comum partilhado com a Galiza e, às vezes limita-se ao âmbito das origens da língua naquele cantinho da península ibérica onde as mulheres cantavam fininho. Por isso é importante que as investigações realizadas pela professora Ria Lemaire contextualizando estas origens do património imaterial galego-português, não só no âmbito literário senão também em um espaço cultural muito mais alongado e abrangente.
No âmbito universitário brasileiro ainda não é muito reconhecido a existência de um património comum partilhado com a Galiza e, às vezes limita-se ao âmbito das origens da língua naquele cantinho da península ibérica onde as mulheres cantavam fininho. Por isso é importante que as investigações realizadas pela professora Ria Lemaire contextualizando estas origens do património imaterial galego-português, não só no âmbito literário senão também em um espaço cultural muito mais alongado e abrangente.
Para o público brasileiro, a edição do Cores do Atlântico
vai permitir conhecer de uma forma muito intuitiva aquilo que já
pressente quando ouve ou escuta determinadas expressões culturais e
mesmo sotaques da sua identidade que identificam como algo de
procedência ibérica ou tão só portuguesa.
A descoberta de umas origens culturais
galegas que estão em boa medida ainda vivas no Nordeste brasileiro pode
ser um dos grandes logros que a leitura e a escuta do Cores do Atlântico produza nos leitores e público brasileiro.
A ponte com o património partilhado
O livro-disco agora editado contém o mesmo texto introdutório de Ponte…nas ondas! onde se afirma que Cores do Atlântico “é uma obra que une, na mesma proposta artística, três continentes que partilham um mesmo património: a lírica medieval das cantigas de amigo. Um tesouro que se procura transmitir, no século XXI, através do sistema educativo e das novas tecnologias e do qual milhares de pessoas, por todo o mundo, continuam a aproximar-se com interesse“.
Também se incluem as palavras da professora da Universidade de Vigo, Camiño Noia, quem afirma que “ Cores do Atlântico é uma obra diferente, inovadora, da qual desfrutarão os espíritos abertos; mas é também uma criação transgressora que, talvez chegue a escandalizar os espíritos dos académicos tradicionais que não gostam de inovações. Pois, além da ousadia de devolver às mulheres a autoria das composições paralelísticas, a obra subverte a cultura canónica ao fundir a lírica medieval com os ritmos afro-brasileiros.”
O livro-disco agora editado contém o mesmo texto introdutório de Ponte…nas ondas! onde se afirma que Cores do Atlântico “é uma obra que une, na mesma proposta artística, três continentes que partilham um mesmo património: a lírica medieval das cantigas de amigo. Um tesouro que se procura transmitir, no século XXI, através do sistema educativo e das novas tecnologias e do qual milhares de pessoas, por todo o mundo, continuam a aproximar-se com interesse“.
Também se incluem as palavras da professora da Universidade de Vigo, Camiño Noia, quem afirma que “ Cores do Atlântico é uma obra diferente, inovadora, da qual desfrutarão os espíritos abertos; mas é também uma criação transgressora que, talvez chegue a escandalizar os espíritos dos académicos tradicionais que não gostam de inovações. Pois, além da ousadia de devolver às mulheres a autoria das composições paralelísticas, a obra subverte a cultura canónica ao fundir a lírica medieval com os ritmos afro-brasileiros.”
As ilustrações que o artista galego
Quique Bordell realizou para cada uma das 15 cantigas recolhidas no CD
acompanham também nesta edição brasileira ao texto do libro.
No disco participaram as artistas brasileiras Socorro Lira, Margareth Menezes, Eneida Marta e as Cirandeiras Caiana dos Crioulos, Eneida Marta de Guiné Bissau, João Afonso de Portugal e Uxía e Leilía de Galiza.
No disco participaram as artistas brasileiras Socorro Lira, Margareth Menezes, Eneida Marta e as Cirandeiras Caiana dos Crioulos, Eneida Marta de Guiné Bissau, João Afonso de Portugal e Uxía e Leilía de Galiza.
Associação Cultural e Pedagógica PONTE…NAS ONDAS !
+ info: pontenasondas@pontenasondas.org
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