xoves, 3 de novembro de 2016

Por um novo consenso para o galego

O poder do imaginário coletivo é imenso. Dele tira o imaginário individual suas crenças mais firmes. Controla esse imaginário colectivo, é lavoura do verdadeiro poder. O poder gestor se adapta a esse imaginário coletivo.
A geração nós foi capaz de inserir no imaginário colectivo, uma ideia de galeguismo da que hoje todos e todas bebemos. Anteriormente o ressurgimento e os Padres Feijó e Sarmento, fizeram seu bom trabalho.
O inícios do reintegracionismo devem muito a trabalhos de gente honesta como Carvalho Calero, Guerra da Cal, e muitos outros e outras. Académicos hoje ainda vivos como Isaac Estraviz ou Carlos Durão (por mencionar somente dous casos) sabem desse trabalho em condições tão difíceis. Graças a isso a Galiza conseguiu voltar a por em pé as duas colunas -raiz sobre a que se sustenta a nação: celtismo e reintegracionismo (ambas decepadas pelo franquismo).
Hoje já ninguém de nós pode duvidar (ainda que socialmente isto, pelo de agora não seja visível) que a espiral reintegracionista está em expansão, enquanto a isolacionista em contração. Mas o poder segue ao lado do isolacionismo.
Nenhum poder é suicida. E em tempos de paz, sem quebra institucional, todo novo poder surge e dimana, ascendendo pela espiral em contração do velho poder. O velho poder então precisa dum tempo para adaptar-se a nova situação. Mudando o discurso devagar, ate atingir a espiral ascendente que lhe permita seguir no comando.
Os que não tem o poder podem acelerar os ritmos e os tempos, para que a mudança chegue quanto antes (Isto significa muito esforço e trabalho na base piramidal).
Faz-se necessário mais que nunca que as verdadeiras redes galeguistas, voltem a inserir no imaginário colectivo a necessidade de as duas normativas linguísticas serem de livre utilização na administração pública e nas empresas privadas.
Isso aceleraria o processo de reintegração.
Faz-se necessário que o verdadeiro galeguismo, construa uma rede, que impulso a mudança desde abaixo: Criando uma rede cultural galega.
Se for possível este trabalho. A aceleração estaria já em marcha.
Afinal o velho poder convida a parte do novo a sua mesa, no topo da pirâmide (alguns filtram e trepam a esse poder por ai, outros permanecem fieis na base). Mas ambos movimentos são necessários para a mudança.
Não sabemos quando isto acontecerá, mas o final está já escrito. Galiza, sem a gente de pé aperceber-se (a não ser que uma crise sistémica abale o poder na Espanha e na Europa) acorda um dia sabendo que galego e português são a mesma língua. Pensa: claro sempre foi assim. Nem lembra que há apenas um decénio pensava de outra forma.
O bom dos povos é que não tem memória.
Fim dos discursos.

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