xoves, 10 de decembro de 2015

Jon Amil: «A melhor maneira de defender o galego é usando-o»

«Comecei a falar galego já em Vigo, antes de entrar na Universidade. Foi no final de segundo do Bacharelato».

Proxecto Neo, programa que emite a Rádio Burela, entrevistou no programa número 141 Jon Amil, graduado em Medicina e membro do Conselho da AGAL. A primeira parte da alargada entrevista estivo centrada no seu blogue, As MIR e Unha Noites, mas a seguir já fôrom sobre a sua experiência lingüística e a passagem do castelhano para o galego.
Amil narrou como ele, sendo da cidade de Vigo, onde quase todo o mundo falava castelhano, era difícil poder-se desenvolver em galego. Já no ensino primário, na escola, o uso do galego era «escasso», lamentou. Até explicou que tem amizades que estudárom toda a vida em Vigo e «nom som capazes, a dia de hoje, de fiarem duas frases seguidas em galego, o qual é bastante triste».
Aclarou, também, que nom começou a falar galego ao se deslocar a Compostela para estudar Medicina. «Comecei a falar galego já em Vigo, antes de entrar na Universidade. Foi no final de segundo do Bacharelato». A decisom foi-na tomando num momento em que «comecei a pensar por mim próprio, que nom a madurar».

Tornar-se galego-falante

Foi aí quando deu em refletir acerca do porquê de nom falar galego mesmo apesar de ele ser galego e de o ser também a sua família paterna. «Comecei a pensar nisso, nessas pequenas cousinhas, nesse pequeno auto-ódio que há quando as pessoas falam ao castelhano para se dirigirem aos nenos, as senhoras que mudam para um castrapo quando se dirigem ao médico…». Estas reflexons figérom-lhe concluir a necessidade de defender o galego «e a melhor maneira de defender o galego é usando-o, e decidim usar o galego em todos os ámbitos».
A seguir relatou a sua experiência lingüística já na Universidade, com a surpresa do pessoal ao escuitar falar galego. «Mas… és de Vigo? De Vigo-Vigo?», seria o protótipo de perguntas que tivo que ouvir. «Claro, à gente estranha-lhe isto dalguém de Vigo-Vigo, do Vigo urbano». Em geral tivo mui boa acolhida e foi formando um grupo de amigos galego-falantes, a maioria falantes de galego já de nascença, e isso ajudou-no a melhorar o seu próprio galego, tendo um «referente» em pessoas que sempre falárom galego.
Quanto à presença do galego na sanidade, ou mais bem quanto à sua ausência, Amil assinalou que se trata de um défice que é possível detetar já na própria Faculdade de Mecidina, em que a percentagem de aulas na nossa língua é ínfima. Já no que atinge a profissionais sanitários, quase produz «surpresa» hoje em dia escuitar um médico a falar galego, quando devera ser algo normal.
Já na parte final da entrevista, Amil detalhou as principais linhas de atuaçom do recentemente eleito novo Conselho da AGAL, das quais já se tem falado no Portal Galego da Língua.

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