AGAL lança 10 medidas imprescindíveis para regenerar a cultura galega na próxima legislatura, para reforçar as relaçons com a Lusofonia ao nível do ensino, das administraçons e da coesom territorial.
Este é o primeiro vídeo explicativo de uma série deles, que poderás ver em Através produtora polo YouTube.
- [Desenvolvimento integral da Lei Paz Andrade] Ensino:
- a) Introduzir a matéria de língua portuguesa em todos os centros de ensino secundário e primário acompanhada de oferta de vagas para profissionais do português.
- b) Oferecer língua portuguesa nas EOI da Galiza em que ainda nom se
encontra implantada (Viveiro, Ribadeu, Monforte) e nas secçons das
restantes, começando por aquelas em que a iniciativa detém maior
interesse estratégico (Verim).
Propostas para o aproveitamento dos nossos vínculos naturais com a Lusofonia
A AGAL lança 10 propostas para reforçar as relaçons com a Lusofonia ao nível do ensino, das administraçons e da coesom territorial
A Associaçom Galega da Língua (AGAL) tornou públicas umha série de propostas para os partidos políticos que obtiverem representaçom parlamentar terem em conta na próxima legislatura. As ideias apresentadas estám à margem dos debates socioculturais mantidos habitualmente pelos partidos políticos e poderiam ser assumidas facilmente por qualquer um deles. De facto, grande parte dos pontos do decálogo desenvolvem a Lei Paz Andrade, aprovada por unanimidade no Parlamento Galego na legislatura passada.
Relacionadas diretamente com esta Lei, a AGAL propom medidas para atingir com o ensino do português o conjunto da populaçom galega, implantando esta língua nas Escolas Oficiais de Idiomas em que ainda falta, nomeadamente três da província de Lugo e a secçom de Verim em Ourense, sem esquecer o ensino secundário e primário, com a criaçom de postos de trabalho para profissionais do ensino desta língua.
Para os meios de comunicaçom, destaca a proposta de introduzir um programa de ensino de língua portuguesa na TVG e fazer que a Radio Galega Música seja umha estaçom especializada em música galego-portuguesa e lusófona.
Quanto à promoçom dos contactos com os países de expressom portuguesa, o decálogo pom o acento numha programaçom cultural comum, tanto nos centros socioculturais e educativos dependentes da Xunta, como noutros onde a Administraçom pode orientar os conteúdos, insistindo na necessidade de reforçar os contactos interuniversitários.
Em termos económicos e infraestruturais, o decálogo contempla a melhoria das comunicaçons com Portugal, nomeadamente da linha Celta, infelizmente de atualidade por causa do acidente sofrido por um comboio português no Porrinho, e o reforço de instituiçons como o Eixo Atlántico e a Eurregião, também ao nível de identificaçom das populaçons galegas e portuguesas com este enquadramento territorial.
Finalmente, a AGAL, que lançará em vídeo cada umha destas propostas durante a campanha eleitoral, para além de apresentá-las a cada partido político em reunions de trabalho, propom várias medidas para a normalizaçom da escrita reintegracionista ou do português na relaçom dos galegos e galegas com a Administraçom pública, como a sua admissom nas bases de concursos literários, petiçons de ajudas ou na Universidade. Ainda, a AGAL entende que a sensibilidade reintegracionista deveria estar representada no Conselho da Cultura Galega.
A totalidade das propostas som apresentadas a seguir:
DECÁLOGO DE PROPOSTAS AOS PARTIDOS POLÍTICOS PARA A PRÓXIMA LEGISLATURA
[Desenvolvimento integral da Lei Paz Andrade] Ensino:
a) Introduzir a matéria de língua portuguesa em todos os centros de ensino secundário e primário acompanhada de oferta de vagas para profissionais do português.
b) Oferecer língua portuguesa nas EOI da Galiza em que ainda nom se encontra implantada (Viveiro, Ribadeu, Monforte) e nas secçons das restantes, começando por aquelas em que a iniciativa detém maior interesse estratégico (Verim).
[Desenvolvimento integral da Lei Paz Andrade] Media:
a) Criar (ou comprar) um programa de aprendizagem da língua portuguesa para emitir pela TVG em horário acessível a todos os públicos, como complemento à realizaçom de coproduçons com a RTP e continuando as atuaçons pertinentes para a receçom do sinal da RTP na Galiza.
b) Fazer que a Rádio Galega Música seja integralmente umha rádio lusófona que divulgue música produzida na Galiza e nos países de língua oficial portuguesa.
[Desenvolvimento integral da Lei Paz Andrade] Contactos:
a) Promover uma programaçom cultural lusófona (Galego do Mundo) para as bibliotecas, centros socioculturais e de ensino galegos dependentes da Xunta de Galicia, sempre que possível em cooperaçom com entidades portuguesas análogas.
b) Incentivar/facilitar/intermediar com vistas às instituiçons culturais galegas programarem mais conteúdos de/junto com Portugal ou outros países lusófonos (CGAC, MARCO, Auditório, Cidade da Cultura, etc.).
[Economia] Desenvolver conteúdos concretos, auditáveis e abertos à populaçom que deem maior desenvolvimento à Eurorregiom e ao Eixo Atlântico, promovendo o vínculo das populaçons com este espaço e o seu futuro através dos meios de comunicaçom públicos.
[Fomento/Articulaçom territorial] Paliar a desatençom estatal na linha Vigo-Porto (Celta) e, em termos gerais, as comunicaçons com o norte de Portugal.
[Cultura] Propora incorporaçom da sensibilidade reintegracionista no Conselho da Cultura Galega através de umha ou várias das entidades que a representam.
[Administraçom] Impedir que a escrita reintegracionista seja excluída das bases dos concursos literários ou petiçom de ajudas, começando a legislar de maneira a que todos os galegos e galegas nos podamos dirigir à administraçom pública em galego-português.
[Ensino] Promover linhas educativas em diferentes idiomas (polo menos as cooficiais na Galiza) tanto no ensino público como através do apoio a centros cooperativos que forem surgindo.
[Universidade] Promover convénios e informaçom que facilite o intercámbio docente e investigador entre Portugal e a Galiza.
Animar o reconhecimento do português como língua própria nas universidades galegas e o oferecimento de maiores facilidades para o seu ensino. Embora as universidades sejam competentes neste aspeto, a Junta poderia promover medidas deste tipo, para a internacionalizaçom do nosso ensino superior e a colaboraçom interterritorial.
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