A Associaçom Galega da Língua (AGAL) apresentou umha série de propostas para os partidos políticos que
obtiverem representaçom parlamentar terem em conta na próxima
legislatura.
A associaçom reintegracionista foi recebida polo líder de
Compromisso por Galicia, Xoán Báscuas, que assumiu integramente todas as
propostas do decálogo. Também Ana Pontón, do BNG, acolheu mui
positivamente o decálogo, concordando na aplicaçom da Lei Paz Andrade e
em avançar no reconhecimento da liberdade normativa. Por sua vez, o
candidato d’En Marea, Luís Villares, assegurou que o mais importante
para avançar com as propostas do decálogo era a “vontade política”, que
no seu caso nom iria faltar. Polo PSOE, Xoaquín Fernández Leiceaga
indicou que a aplicaçom da Lei Paz Andrade será prioritária para ele e a
sua equipa na próxima legislatura. Finalmente, Pedro Puy e Valentín
García, do PP, admitírom que a implicaçom institucional na aplicaçom da
Lei Paz Andrade pode ser mais visível e valorizárom positivamente muitas
das propostas que a AGAL lhes apresentou para desenvolvê-la na próxima
legislatura.
Eliseu Mera e Eduardo Maragoto com o líder de Compromisso por Galicia, Xoán Báscuas
À margem de debates partidários
As ideias apresentadas estám à margem das
discussons socioculturais mantidas habitualmente polos partidos
políticos e em termos gerais fôrom assumidas por todos eles. De facto,
grande parte dos pontos do decálogo desenvolvem a Lei Paz Andrade,
aprovada por unanimidade no Parlamento Galego na legislatura passada.
Relacionadas diretamente com esta Lei, a AGAL
propom medidas para atingir com o ensino do português o conjunto da
populaçom galega, implantando esta língua nas Escolas Oficiais de
Idiomas em que ainda falta, nomeadamente três da província de Lugo e a
secçom de Verim em Ourense, sem esquecer o ensino secundário e primário,
com a criaçom de postos de trabalho para profissionais do ensino desta
língua.
Quanto à promoçom dos contactos com os países de
expressom portuguesa, o decálogo pom o acento numha programaçom cultural
comum, tanto nos centros socioculturais e educativos dependentes da
Xunta, como noutros onde a Administraçom pode orientar os conteúdos,
insistindo na necessidade de reforçar os contactos interuniversitários.
Em termos económicos e infraestruturais, o
decálogo contempla a melhoria das comunicaçons com Portugal,
nomeadamente da linha Celta, infelizmente de atualidade por causa do
acidente sofrido por um comboio português no Porrinho, e o reforço de
instituiçons como o Eixo Atlántico e a Eurregião, também ao nível de
identificaçom das populaçons galegas e portuguesas com este
enquadramento territorial.
Finalmente, a AGAL, que está a lançar em vídeo
cada umha destas propostas durante a campanha eleitoral, para além de
apresentá-las a cada partido político em reunions de trabalho, propom
várias medidas para a normalizaçom da escrita reintegracionista ou do
português na relaçom dos galegos e galegas com a Administraçom pública,
como a sua admissom nas bases de concursos literários, petiçons de
ajudas ou na Universidade. Ainda, a AGAL entende que a sensibilidade
reintegracionista deveria estar representada no Conselho da Cultura
Galega.
A totalidade das propostas som apresentadas a seguir:
DECÁLOGO DE PROPOSTAS AOS PARTIDOS POLÍTICOS PARA A PRÓXIMA LEGISLATURA
Propostas para o aproveitamento dos nossos vínculos naturais com a Lusofonia
1.[Desenvolvimento integral da Lei Paz Andrade] Ensino: a) Introduzir a matéria de língua portuguesa em todos os centros de ensino secundário e primário acompanhada de oferta de vagas para profissionais do português.
b)Oferecer língua portuguesa nas EOI da Galiza em que ainda nom se encontra implantada (Viveiro, Ribadeu, Monforte) e nas secçons das restantes, começando por aquelas em que a iniciativa detém maior interesse estratégico (Verim).
2.[Desenvolvimento integral da Lei Paz Andrade] Media:
a)Criar (ou comprar) um programa de aprendizagem da língua portuguesa para emitir pela TVG em horário acessível a todos os públicos, como complemento à realizaçom de coproduçons com a RTP e continuando as atuaçons pertinentes para a receçom do sinal da RTP na Galiza.
b) Fazer que a Rádio Galega Música seja integralmente umha rádio lusófona que divulgue música produzida na Galiza e nos países de língua oficial portuguesa.
3.[Desenvolvimento integral da Lei Paz Andrade] Contactos:
a)Promover uma programaçom cultural lusófona (Galego do Mundo) para as bibliotecas, centros socioculturais e de ensino galegos dependentes da Xunta de Galicia, sempre que possível em cooperaçom com entidades portuguesas análogas.
b)Incentivar/facilitar/intermediar com vistas às instituiçons culturais galegas programarem mais conteúdos de/junto com Portugal ou outros países lusófonos (CGAC, MARCO, Auditório, Cidade da Cultura, etc.).
4. [Economia] [Cultura]Desenvolver conteúdos concretos, auditáveis e abertos à populaçom que deem maior desenvolvimento à Eurorregiom e ao Eixo Atlântico, promovendo o vínculo das populaçons com este espaço e o seu futuro através dos meios de comunicaçom públicos.
5. [Fomento/Articulaçom territorial] Paliar a desatençom estatal na linha Vigo-Porto (Celta) e, em termos gerais, as comunicaçons com o norte de Portugal.
6.[Cultura] Propor a incorporaçom da sensibilidade reintegracionista no Conselho da Cultura Galega através de umha ou várias das entidades que a representam.
7.[Administraçom] Impedir que a escrita reintegracionista seja excluída das bases dos concursos literários ou petiçom de ajudas, começando a legislar de maneira a que todos os galegos e galegas nos podamos dirigir à administraçom pública em galego-português.
8.[Ensino] Promover linhas educativas em diferentes idiomas (polo menos as cooficiais na Galiza) tanto no ensino público como através do apoio a centros cooperativos que forem surgindo.
9.[Universidade] Promover convénios e informaçom que facilite o intercámbio docente e investigador entre Portugal e a Galiza.
10.[Universidade] Animar o reconhecimento do português como língua própria nas universidades galegas e o oferecimento de maiores facilidades para o seu ensino. Embora as universidades sejam competentes neste aspeto, a Junta poderia promover medidas deste tipo, para a internacionalizaçom do nosso ensino superior e a colaboraçom interterritorial.
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