O 2 de julho o blogue coletivo A Viagem dos Argonautas, publicava, assinado pelo seu Coordenador, Carlos Loures, este editorial sobre o relacionamento Galiza – Portugal, que reproduzimos na íntegra pelo seu interesse.
EDITORIAL: Galiza e Portugal, irmãos separados?

O reino da
Galiza, dependeu de jure até já entrado o século IX do reino das
Astúrias (ou de Leão). Quando Afonso II, o Casto, divide o território
pelos três filhos – Garcia I, de Leão, Fruela II, das Astúrias e Ordonho
II, da Galiza, a Galiza é referida como reino independente de facto. No
entanto foi dependendo politicamente de outros reinos – de Leão. Até
1230 e de Castela, até 1516, quando os reis «católicos», conquistada
Granada, começam a dar aos seus reinos o nome de Espanha.
A Galiza
começa a ser aculturada por Castela e o idioma galaico-português é
progressivamente transformado em dialecto do castelhano. Politicamente, a
Galiza deixa de existir.
Mas o
idioma sobrevive. A Sul, Portugal, desde o século XII, adopta-o, usa-o,
desenvolve-o. E hoje, o galego-português vai a caminho dos 300 milhões
de falantes e, com uma margem de progressão enorme (sobretudo em Angola e
Moçambique), podendo mesmo, em poucas décadas, ultrapassar o
castelhano.
Apoiar a luta dos galegos pela dignificação da nossa língua comum, é uma das lutas prioritárias do nosso blogue.
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