Dolores Díaz: «Os alunos da Galiza sabem que em português partem de uns conhecimentos prévios que não têm de outras línguas».
O IES San Clemente de Santiagode Compostela é o responsável na Galiza polo bacharelato a distância. Até agora, as línguas oferecidas no curriculum eram apenas galego, castelhano, inglês e francês. No presente ano letivo foi introduzido o português, embora na categoria de segunda língua estrangeira.
Do PGL falámos com Dolores Díaz, docente no S. Clemente, para
conhecermos de primeira mão como ocorreu esta experiência, quais foram
as principais motivações das pessoas para escolherem português e de
quais são as perspetivas para o curso 2015-2016.
Este ano letivo, por primeira vez, o português fazia parte da oferta educativa do bacharelato a distância. Como docente, como avalias esta primeira experiência?
Acho que foi muito positiva. Efetivamente, neste último ano decidimos afrontar o desafio de incorporá-la como segunda língua estrangeira optativa e foram setenta alunos que escolheram esta opção face a outras matérias, como o Francês, a Antropologia ou as TIC. Esta opção para o bacharelato complementa a oferta de ensino em português do IES S. Clemente, onde já existe uma “Sección Bilingüe” em formação profissional, na qual o professor Marcos Vence dá aulas de informática em português.
Certamente, este projeto foi para mim um grande desafio, já que é a primeira vez que se leciona português no ensino a distância na Galiza; neste sentido, foram surgindo algumas dificuldades que tivemos que superar, como a necessidade de elaborar e adaptar materiais aplicáveis ao ensino telemático e, o que para mim é mais preocupante, a impossibilidade de trabalhar a oralidade como se faria num centro de ensino presencial. Neste aspeto, espero futuramente poder incorporar ferramentas que nos permitam, a través de videoconferência, melhorar e avaliar a produção oral das nossas turmas.
Tenho de agradecer o enorme apoio dado pela auxiliar de conversação, Celeste Ferreira que, após um ano de trabalho impecável, infelizmente teve de se ir embora porque não é permitido os auxiliares de português serem contratados por mais do que um ano, diferentemente do que acontece com os de inglês, cujos contratos são renovados. Para o próximo ano já temos indicação de outra professora auxiliar, à qual damos as boas-vindas antecipadamente.
Que tipo de motivações levaram as pessoas para escolheram português?
As motivações foram diferentes; em primeiro lugar, os alunos da Galiza sabem bem que em português partem de uns conhecimentos prévios que não têm, por exemplo, para o francês, o que implica uma maior probabilidade de conseguir uma classificação positiva. Além disso, há outras motivações: alunos que viveram algum tempo em Portugal, outros que gostam da música brasileira, os que acham que o conhecimento do português pode ser útil para trabalhar no futuro ou os que tencionam obter uma certificação oficial para acrescentar ao seu currículo.
Que expetativas guardas para o próximo ano letivo?
Sendo otimista, estou convencida de que, no mínimo, vamos igualar ou superar o número de alunos. No entanto, estamos a tentar arranjar um acordo com o Instituto Camões para fazer possível a realização de exames desta instituição em Compostela, no próprio IES S. Clemente. Espero bem que a nossa negociação seja frutífera.
Este ano letivo, por primeira vez, o português fazia parte da oferta educativa do bacharelato a distância. Como docente, como avalias esta primeira experiência?
Acho que foi muito positiva. Efetivamente, neste último ano decidimos afrontar o desafio de incorporá-la como segunda língua estrangeira optativa e foram setenta alunos que escolheram esta opção face a outras matérias, como o Francês, a Antropologia ou as TIC. Esta opção para o bacharelato complementa a oferta de ensino em português do IES S. Clemente, onde já existe uma “Sección Bilingüe” em formação profissional, na qual o professor Marcos Vence dá aulas de informática em português.
Certamente, este projeto foi para mim um grande desafio, já que é a primeira vez que se leciona português no ensino a distância na Galiza; neste sentido, foram surgindo algumas dificuldades que tivemos que superar, como a necessidade de elaborar e adaptar materiais aplicáveis ao ensino telemático e, o que para mim é mais preocupante, a impossibilidade de trabalhar a oralidade como se faria num centro de ensino presencial. Neste aspeto, espero futuramente poder incorporar ferramentas que nos permitam, a través de videoconferência, melhorar e avaliar a produção oral das nossas turmas.
Tenho de agradecer o enorme apoio dado pela auxiliar de conversação, Celeste Ferreira que, após um ano de trabalho impecável, infelizmente teve de se ir embora porque não é permitido os auxiliares de português serem contratados por mais do que um ano, diferentemente do que acontece com os de inglês, cujos contratos são renovados. Para o próximo ano já temos indicação de outra professora auxiliar, à qual damos as boas-vindas antecipadamente.
Que tipo de motivações levaram as pessoas para escolheram português?
As motivações foram diferentes; em primeiro lugar, os alunos da Galiza sabem bem que em português partem de uns conhecimentos prévios que não têm, por exemplo, para o francês, o que implica uma maior probabilidade de conseguir uma classificação positiva. Além disso, há outras motivações: alunos que viveram algum tempo em Portugal, outros que gostam da música brasileira, os que acham que o conhecimento do português pode ser útil para trabalhar no futuro ou os que tencionam obter uma certificação oficial para acrescentar ao seu currículo.
Que expetativas guardas para o próximo ano letivo?
Sendo otimista, estou convencida de que, no mínimo, vamos igualar ou superar o número de alunos. No entanto, estamos a tentar arranjar um acordo com o Instituto Camões para fazer possível a realização de exames desta instituição em Compostela, no próprio IES S. Clemente. Espero bem que a nossa negociação seja frutífera.
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